19.7.07

Editorial

Aí estão os radares a funcionar!

“Até que enfim!”, dizem outros…

Cada vez há mais automóveis - só para alguns é claro, ao preço que estão o combustível, as peças, as inspecções, os selos, os seguros, o imposto sobre o imposto…

“Bem os podem oferecer!”, dizem todos…

É o costume, como tantas outras coisas…

Natural seria equipará-los aos telemóveis ou às impressoras, pois ao preço que estão as chamadas e os tinteiros bem os podiam oferecer…

Assim é a sociedade de consumo!

Quanto à velocidade que se pratica na cidade, dizem que o tempo é dinheiro, logo, deveria ser imposta uma rapidez estonteante…

Mas a questão impõe-se:

Será que os veículos que se cruzam nestas ruas esburacadas, cheias de altos e baixos, com e sem carris, pertencem ás pessoas que os conduzem - porque se pertencem será uma espécie de carnificina - automóvel é claro…

Já agora…

Será também como o tabaco e o álcool, faz mal mas nunca acaba, por mais que se inventem proibições, há sempre gente que vive da morte dos outros…

No caso dos automóveis, um mal necessário!

Penso que no meio disto tudo serão os distribuidores e os rapazes das pizzas os mais afectados! Ganhar a vida a cinquenta deve ser difícil, ainda por cima com prazos de entrega e talvez com desconto no ordenado…

Mas os combustíveis, peças, oficinas, carregamentos, fábricas e impostos sobre tudo isto têm que existir…

E a vida continua!

Augusto da Fonseca

De Férias

COM O BOBBY EM SEGURANÇA

No passado mês de Junho a Câmara Municipal de Lisboa iniciou uma nova Campanha de intercâmbio de animais domésticos nas férias.

O abandono de animais, em especial de cães não é um fenómeno de agora, mas as estatísticas tendem a elevar-se assim que sopram as primeiras lufadas mais quentes do Verão. Com o objectivo de inverter a tendência, o departamento de Higiene Urbana e Resíduos Sólidos da CML, a Liga Portuguesa dos Direitos dos Animais e a SOS Animal têm vindo a unir esforços, desde 2003, para acolher os animais que se poderiam tornar um empecilho e ser abandonados nesta estação.
À semelhança de anos anteriores, as Instituições criaram uma bolsa de voluntários e também donos de animais, de forma a cuidarem, entre si, de outros “Bobbys” em períodos de ausência temporária.
Os aderentes à iniciativa tomam conta do animal de estimação de outra pessoa enquanto ela se encontra em período de férias tendo a garantia de que quando o inverso ocorrer alguém irá também cuidar do seu animal.
Para além do intercâmbio, a SOS Animal apoiou ainda o projecto com a criação de famílias de acolhimento temporário que aceitam hospedar animais durante as férias dos seus donos sem necessidade de reciprocidade.
Segundo a Liga dos Direitos dos Animais existem voluntários disponíveis na Capital e seus arredores, como Benfica, Oeiras ou Parede e ainda espalhados pelo país, no Barreiro, Coimbra, Condeixa-a-Nova, Ermesinde, Fonte da Telha, Linda-a-Velha, Manique, Mem Martins, Odivelas, Olival de Basto ou Rinchoa.
A Liga apresenta também um conjunto de recomendações para os que tencionam levar o animal doméstico para as férias. Por maior que seja a vontade, a primeira regra é fundamental, confirmar se no destino de eleição são permitidos animais! É também conveniente garantir que o local reúne as condições de bem-estar e que tem apoio veterinário.

Do abandono à adopção

Porque o abandono dos animais não só é considerado um atentado e coloca em risco a vida das pessoas que circulam nas estradas, não é demais lembrar que abandonar animais é um crime punido com coimas que podem ir dos cerca de 3.700 euros até aos quase 50 mil euros.
Muitos dos animais errantes encontrados nas ruas alfacinhas seguem para o Canil/ Gatil Municipal e quando o seu dono não for conhecido podem ser adoptados gratuitamente. A todos os canídeos com mais de 3 meses é feita a identificação electrónica gratuita, bem como as acções de profilaxia médica em vigor - vacinação anti-rábica, desparatização interna e a esterilização.
Para adoptar um animal basta fazer a sua marcação, dirigir-se ao Canil e ali apresentar o seu Bilhete de Identidade e Cartão de Contribuinte.
Entre os animais disponíveis para adopção destacam-se diversos gatos, cães de raças conhecidas como o Dogue de Bordéus, o Coker, o Husky, ou o Rottweiler, mas são as raças indefinidas as mais frequentes, sem que por isso devam merecer menor atenção ou deixem de ser um fiel amigo ou um divertido animal de companhia…

Mónica Almeida

Chafariz da Fonte Santa

UMA LENDA ABANDONADA

Invisível, seco e votado ao abandono! Eis o estado actual do Chafariz da Fonte Santa, um local que chegou a ser poiso de inúmeros fiéis que ali procuravam o rejuvenescer das águas, reconhecidas pelas suas qualidades medicinais.

A denúncia partiu de João Magalhães Pereira, presidente da Junta de Freguesia dos Prazeres, que chegou a estabelecer contacto com diversos vereadores da Câmara Municipal responsáveis pela manutenção do Ambiente e Espaços Verdes, incluindo António Prôa, tendo em vista a reabilitação do Chafariz.
A situação demissionária que entretanto arrasou o executivo de Lisboa atrasou esta e outras questões relacionadas com a gestão dos equipamentos da Capital, o que poderá ser um mau augúrio para os lisboetas mais sequiosos: a água não deverá jorrar das fontes por ora secas, pelo menos este Verão!
Segundo Magalhães Pereira, as responsabilidades da Fonte Santa deveriam ser atribuídas à Empresa Portuguesa de Águas Livres – EPAL, “que diz que até à torneira a responsabilidade é deles”, explicou o presidente.
Contactada pelo Jornal do Bairro, fonte do gabinete de Imagem e Comunicação da EPAL avançou que “não temos chafarizes a nosso cargo”, remetendo responsabilidades para a CML.
Apesar do empurrar de responsabilidades, o Chafariz da Fonte Santa consta no Inventário Municipal do Património, não sendo de descurar a sua importância a partir do século XVI, altura em que ali foi avistada Nossa Senhora.

Cruz centenária levou sumiço!

Um pouco abaixo do Cemitério dos Prazeres passa a extensa Rua de Possidónio da Silva e é aí que se ergue o Chafariz da Fonte Santa. Num dos extremos da artéria, bem em frente à Escola Secundária Josefa de Óbidos, uma invulgar estrutura em forma de quilha e de tom avermelhado anuncia a presença de umas escadas que acedem à Possidónio. Nas traseiras das escadas, a parede do Chafariz serve de mural para “graffities” rabiscados e de parque de estacionamento.Quem sobe vê à sua frente uma espécie de tanque, seco e munido de uma degradada nau esculpida. Nada mais!
Foi-se a cruz que coroava e denunciava a – ainda que remota – Fonte e respectiva reconstrução, datada de 1735.
O presidente da Junta dos Prazeres não consegue definir o momento em que o Chafariz enxugou, “há anos que está seca”, nem a altura do desaparecimento da cruz, “as versões divergem”, declarou. Motivos para tal sumiço são quase óbvios, “só se pode entender que é vandalismo”, arriscou.
Para além do desaparecimento da cruz, as reclamações dos residentes naquela área vão-se multiplicando, “cada vez que ali vou há sempre alguém que se queixa de qualquer coisa que lá estava e deixou de estar”, denunciou Magalhães Pereira. “Ao lado da escadaria havia um chafariz frade que tinha uma torneira que também desapareceu”, foi o exemplo.
A Fonte Santa foi desenhada por Roque Gameiro e está ligada à acção de caridade vicentina de alguns devotos que preparavam e distribuíam refeições aos pobres e presos da zona.

O nome do lendário Chafariz deriva das propriedades milagrosas que eram atribuídas às suas águas, de qualidades medicinais. Ao contrário das restantes bicas de Lisboa, esta confluência não provinha do fornecimento da EPAL nem do Aqueduto das Águas Livres, continha sim água própria, resultante de uma fonte de absorção “com um lençol freático de qualquer tipo”, cujas águas se acumulavam no cimo e aqueciam, volvendo à Fonte ainda quentes, “daí as suas propriedades ditas terapêuticas”.

M.A.

A Fonte Santa dos Prazeres

No troço da Rua Possidónio da Silva, fronteiro à Escola Josefa de Óbidos, fica situado um pequeno chafariz, servido por um também pequeno tanque, que hoje se encontram desactivados e degradados. Há umas décadas atrás, a água ainda jorrava, como vinha sucedendo desde, pelo menos, a era de quinhentos. Aquela hoje abandonada fonte fora uma nascente de águas frescas e cristalinas que, de acordo com a sabedoria popular, tinham virtudes curativas. Nos tempos da minha juventude, essa água já pertencia à rede pública de abastecimento da Cidade.
Não foi, porém, por possuir virtuais propriedades medicinais que a água tornou santa aquela fonte. No século XVI, nos terrenos da Quinta dos Prazeres, existia uma nascente servida por uma bica, onde apareceu, não se sabe vinda de onde, uma imagem de Nossa Senhora. O povo, na sua singela e comovedora devoção, considerou o facto como sendo um milagre, passou a designar como Fonte Santa o Chafariz e área circundante e atribuiu miraculosas propriedades medicinais à água.
A Quinta dos Prazeres pertencia a famílias fidalgas e estendia-se desde a hoje inexistente Ribeira de Alcântara até ao local onde, em 1835, se começou a erigir o Cemitério dos Prazeres. Era uma quinta de vastos campos agrícolas e pastoris que, mais tarde, seria urbanizada e transformada em bairro popular, de modestas casas e pátios, mas também algumas casas solarengas. A rua principal, que viria a ter o nome do benemérito Possidónio da Silva, começava na Triste-Feia, a Alcântara, para terminar junto ao Convento do Senhor Jesus da Boa Morte. Neste convento, hoje património do Estado, funcionavam uma Escola feminina e um centro de enfermagem, entregues a religiosas; é aqui que labora a actual Assistência Infantil de Santa Isabel, popularmente conhecida por “Escola das Irmãzinhas”, dirigidas por freiras católicas.
Nesta zona, no século XVIII, foram edificadas algumas casas senhoriais, como é exemplo do solar dos antigos Condes de Ilha de Príncipe, depois Condes do Lumiar. Mas voltemos à Fonte Santa, tema desta crónica.
Também no século XVIII, a Fonte sofreu obras de ampliação e, nas suas redondezas, viu ser construída a Ermida de Nossa Senhora dos Prazeres que, depois de abandonada, se tornaria uma popular taberna – o João da Ermida. Vastas remodelações se verificaram em 1835, não só no Chafariz como em toda a zona circundante, chegando a existir uma concorrida feira, que seria proibida em 1893, devido à enorme turbulência dos seus frequentadores e, ainda por cima, com um cemitério tão perto…
Uma das novidades, introduzida no conjunto arquitectónico do Chafariz, foi o acrescento de uma pequena nau que, segundo a prosa do ilustre jornalista e olisipógrafo Norberto de Araújo, era “uma das mais lindas naus quinhentistas de Lisboa, bela pedra de um relevo mais adoçado de expressão do que bárbaro de corte” (in Legendas de Lisboa).
No século XVIII, toda esta vasta zona populacional, que sucedera à Quinta dos Prazeres, fazia parte da então Freguesia do Senhor Jesus da Boa Morte, que seria extinta em 1780, e o seu território partilhado pelas freguesias, dos intra-muros de Lisboa, Santa Isabel e São Pedro em Alcântara. Esta mesma área pertence, hoje, às Freguesias de Santo Condestável e Prazeres, destacadas há cerca de meio século, de Santa Isabel e Alcântara.

Fernando J. Almeida

Enriquecimento Curricular

ENCARREGADOS DE EDUCAÇÃO COMPROMETIDOS

O período de enriquecimento curricular dos alunos do 1º Ciclo do Ensino Básico foi decidido no ano passado e é intenção do Ministério da Educação alargá-lo a todas as escolas já no ano lectivo 2007/08. O acréscimo de duas horas diárias ao horário escolar – das 15:30h às 17:30 horas - promete ser uma boa notícia para alguns pais, mas não para todos… muito há ainda a decidir até ao final das férias de Verão!

Diversos pais e IPSS estão a braços com uma autêntica dor de cabeça!
Em causa está a decisão do Governo em alargar, já este ano, o currículo escolar dos alunos do 1º Ciclo do Ensino Básico envolvendo-os em aulas de Inglês, Música e Educação Física, entre outras actividades.
Porque o enriquecimento curricular se vai tornar numa directriz obrigatória, os Ateliers de Tempos Livres que vinham a ser dinamizados por várias Instituições Particulares de Solidariedade Social – IPSS, deixam de fazer sentido e como tal, de ser subsidiados pela Segurança Social.
Caracterizadas pela prestação de serviços em vários âmbitos como na protecção da educação, os principais objectivos da IPSS no âmbito da Segurança Social referem-se ao apoio a crianças e jovens, às famílias e aos idosos e inválidos.
Só no Concelho de Lisboa existem quase 460 IPSS, um número bastante elevado que começa agora a vislumbrar um futuro comprometido.
A maioria dos IPSS encerrava às 19 horas, garantindo o acompanhamento das crianças até mais tarde. Dadas as circunstâncias, a dúvida dos pais que saem mais tarde dos empregos reside em “onde deixar o meu filho a partir das 17:30h?”, hora do futuro fecho do estabelecimento escolar!
Quanto a um possível apoio fornecido aos IPSS pela Santa Casa da Misericórdia como acontecia há vários anos atrás, Sílvia Rocha, da secção da Acção Social, foi clara, “desde que o acordo mudou e as IPSS passaram a ser apoiadas pela Segurança Social, não podemos intervir”, pelo que solicitações do género terão de ser direccionadas a esse Ministério.
Contactado pelo Jornal do Bairro, o Ministério da Educação não prestou, até à hora de fecho desta edição, quaisquer esclarecimentos.

Bispos unem-se ao protesto

No passado dia 12 de Julho foi a vez dos Bispos portugueses apresentarem ao Governo as suas preocupações em diversas áreas como a Educação e a Acção Social.
Segundo avançado na Conferência Episcopal Portuguesa, cerca de 800 Instituições promotoras de ATL ligadas à Igreja correm o risco de não sobreviver, o que poderá afectar perto de 20 mil funcionários. Isto, porque a existência do período de prolongamento de horário promovido pelas escolas põe em causa a oferta de ATL das Instituições Religiosas.
Após intenso debate, a Igreja alterou a sua fasquia e pede apenas para que a Lei seja alterada e contemple a possibilidade de serem as famílias a decidir se pretendem optar pelos Ateliers ou pelas actividades promovidas pelos estabelecimentos escolares.
Na opinião dos Bispos, "a educação, a solidariedade social, o sector da comunicação social, o acompanhamento espiritual dos doentes e dos presos, o apoio à família e à natalidade", são questões importantes que poderão estar a ser descuradas.
Enquanto as IPSS tentam o diálogo de forma a evitar funcionar como escolas particulares ou fechar as portas, os pais, em especial os mais carenciados, procuram uma alternativa para a educação dos filhos!

“Apoio à Família” pouco pedagógico

Em alternativa aos ATL promovidos por Instituições Particulares, existia já uma componente denominada “Apoio à Família” mas que na opinião de diversos pais é mais lúdica do que pedagógica, afinal “mesmo que os monitores digam às crianças para fazer os trabalhos não os ajudam e no regresso a casa os miúdos têm de rever a matéria com os pais”, avançou um encarregado de educação ao JB. Esta situação pode-se tornar preocupante, visto exigir demasiado trabalho ao aluno.
Sérgio Lipari, ex-vereador da Educação da Câmara de Lisboa avançou, há meses atrás, em entrevista ao DN que este género de actividades foram criadas de forma a “apostar na educação não formal, mas lúdico-pedagógica”, já que é dedicada às crianças cujas famílias não as podem recolher em casa.
O programa tem um custo máximo de 25 euros e é gerido pelas Autarquias locais, tendo como principal objectivo proporcionar às crianças uma escola a tempo inteiro, permitindo a conciliação das obrigações profissionais dos encarregados de educação com a necessidade de garantir o acompanhamento dos miúdos.
Até ao final deste ano lectivo foi esse o modelo seguido pelas escolas EB1 de Santo Amaro, em Alcântara, de Santo Condestável e da EB1 nº 72 de Lisboa, pertencente à Freguesia da Lapa.
Segundo a coordenadora da EB1 de Santo Amaro, o Apoio à Família tem vindo a ser gerido pela Associação de Pais e funciona em dois períodos, das 17:30h às 19:30h e das 20h às 21h, altura em que as crianças são acompanhadas por monitores.
Para além do apoio que a EB1 de Santo Condestável proporciona no período escolar, destaca-se ainda a existência de actividades durante o mês de Julho, das 8h às 19h. Uma vez mais responsabilidade da Junta de Freguesia local, a Escola apoia as famílias das 8h às 9h e das 17:30h às 19h.

M.A.

Assistência Infantil de Santa Isabel

AGUARDA RESPOSTA DA SEGURANÇA SOCIAL

A Assistência Infantil da Freguesia de Santa Isabel é uma IPSS cuja administração e coordenação pedagógica estão confiadas às Irmãs Franciscanas Missionárias de Maria.
Tal como outras IPSS, também esta se viu confrontada com a cessação do acordo com a Segurança Social que apoiava os ATL a crianças do 1º Ciclo do Ensino Básico.

Apesar da sobrevivência desta Instituição não estar ameaçada, afinal alberga cerca de 400 crianças num programa educativo bastante vasto, alguns encarregados de educação que ali tinham crianças manifestaram-se de imediato contra o fim do acordo para os ATL.
Segundo a Irmã Guilhermina, directora da Instituição, avançou ao Jornal do Bairro, “já respondemos a muitas gerações de pais e avós” e era aqui que as famílias gostariam de continuar a deixar as suas crianças…

Agora que o alargamento do horário escolar até às 17:30h foi dado como obrigatório, qual é a situação dos ATL promovidos pela Assistência Infantil da Freguesia de Santa Isabel?
A Segurança Social comunicou-nos que a partir de Setembro não haveria renovação de acordos para os ATL, a menos que as escolas não pudessem dar o cumprimento à obrigatoriedade de estarem abertas… mas isso não significa que as crianças sejam obrigadas a lá estar…

A obrigatoriedade existe apenas para as escolas?
Sim, porque as crianças não são obrigadas a permanecer no Estabelecimento Escolar.

A Segurança Social vai ou não acabar com os subsídios?
Os acordos que celebrámos nos anos anteriores é que vão deixar de ter renovação, vão ser cortados…

Sem a possibilidade de renovação de acordo, terminam os subsídios…Conforme indiquei, a Segurança Social disse que não havia a possibilidade de renovação de acordo, mas entretanto já estabeleci um novo contacto em que me disseram que estava tudo em “standby”.

Sem subsídios têm possibilidade de manter aqui crianças a partir das 17:30h?
Não havendo acordos não há possibilidade de continuar com o ATL…

Esta situação coloca em risco o futuro da Instituição?
Não, porque não dependemos do ATL. Nós temos creche, pré-escolar e ATL, para a faixa etária mais pequenina.

Quantas famílias é que vão ser afectadas?
Temos 121 crianças, como tal serão cerca de 111 famílias afectadas…

Já receberam protestos da parte dos encarregados de educação?
Sim, eles imediatamente se manifestaram a dizer que estão tristes porque esta Instituição já responde a muitas gerações de pais e avós, há um trabalho bem feito e um interesse na formação global da criança. Nós sempre tivemos projectos! Na primeira hora, as crianças tinham educação musical, estudo ou apoio na feitura dos trabalhos de casa e ginástica. No segundo tempo, havia a expressão plástica, a informática, o estudo acompanhado…

Confia na qualidade do programa de enriquecimento curricular?
Não posso dizer se está bem ou mal porque também sou professora. Isso só vendo…

Já iniciaram alguma forma de manifesto ou aguardam resposta da Segurança Social?
Não, nós tentámos dialogar e enviámos cartas para as respectivas instâncias. Seguimos o processo normal, expusemos a nossa posição e aguardamos a reunião pedida.

Confia na resolução desta questão para breve?
Não sei, mas talvez para os dias mais próximos…

M.A.

Desporto

Mariana O’Neill
LEVA CPL À RIBALTA

Mariana O’Neill foi a grande estrela do Torneio Jovem APL, onde garantiu um justo 5º lugar ao Clube de Patinagem de Lisboa e ali demonstrou que Santa Isabel tinha mesmo a dar que falar, em São João das Lampas!

Nos passados fins-de-semana de 7, 8 e 14, 15 de Julho, o Clube de Patinagem de Lisboa – APL – participou no primeiro Torneio Jovem APL onde contribuiu para que, pela primeira vez na história da Patinagem Artística, se realizasse uma demonstração com tantos participantes, tendo mesmo sido obtido o "record" de atletas em prova.
O primeiro fim-de-semana do Torneio realizou-se no novo pavilhão dos Leões de Porto Salvo, na Freguesia de mesmo nome. Enquanto o 1º lugar seguiu para Mónica Pereira, da CSCR, a pequena Inês Sousa foi a que melhor representou o CPL, da Freguesia de Santa Isabel, conseguindo um 8º lugar nas classificações.
Segundo Bruno Carvalho, responsável pelo Clube, a vitória não seria o essencial, mas sim a participação. No sítio do Clube, Bruno Carvalho avançou mesmo que “alguns acreditavam num milagre, que seria trazer-mos uma medalha para casa, para começar com o pé direito…”.
O milagre não se concretizou, mas a realidade foi satisfatória, até porque “não podemos esquecer que o CPL ainda não tem um ano”, explicou o dirigente ao Jornal do Bairro.
Para Bruno Carvalho a união do grupo foi bastante mais importante do que “medalhas ou lugares”, até porque “não há vitórias morais, há trabalho feito e muito ainda há por fazer”, afinal “só começámos agora”!
E enquanto o grupo tentava fazer o sonho comandar a vida, já Mariana O’Neill se preparava para pular e avançar para o estrelato…

CPL brilha
na corda “Bambi”!

No fim-de-semana de 14 e 15 de Julho, o CPL rumou ao pavilhão da Sociedade Recreativa de Santa Susana e Pobral, em São João das Lampas. O próprio resultado do Torneio Jovem Bambis, realizado no dia 14, falou por si: “fantástico 5º lugar da nossa Mariana O'neill”!
Numa prova em que o CPL participou apenas com uma atleta e em que esta conseguiu um brilhante 5º lugar, seria obrigatório avançar com uns fortes parabéns.
Conforme Bruno Carvalho, todos os atletas merecem um especial destaque, primeiro “porque nunca tinham competido”, e em segundo, “porque algumas só têm 6 meses de patinagem”, como é o caso de Mariana.A jeito de resumo, resta apenas agarrar no queixume destacado na nossa 11ª edição e apelar a quem direito “vamos lá, este Clube só precisa de um pavilhão”!

L.P.

Feng-shui

Activar os diferentes sectores da casa

Se tudo é energia, ao activarmos a casa, estamos sempre a mexer com todas as energias da casa e da pessoa.

No Feng-Shui são activados vários sectores da casa, que estão associados aos oito pontos cardeais e aos cinco elementos.
O Norte é a área do trabalho e da carreira e o seu elemento é a água.
Para activar este sector, podemos colocar aí objectos relacionados com a nossa actividade profissional, por exemplo diplomas de curso ou livros relacionados com a temática. O Norte é a melhor área da casa para ter representações do elemento água. Uma fonte mesmo pequena com a água a correr em cascata ajuda a dinamizar o sector do trabalho. Em vez de uma fonte, podemos também utilizar quadros com imagens de água, de preferência em movimento, por ser mais yang. Devem ser utilizados tons mais escuros a norte (preto ou azul escuro).
O Noroeste é a zona dos amigos e mentores, das pessoas que nos ajudam.
Como está associado ao elemento metal, podemos activá-la com metal ou terra. Devemos evitar aqui os tons vermelhos, velas, ou outras representações do elemento fogo, pois este derrete o metal. O cinzento é a cor própria deste sector, bem como as formas circulares.
O Oeste é a área da criatividade, filhos e novos projectos e está intimamente ligado ao processo de criação.
Aqui, as melhores cores a utilizar são o branco e os tons pastel. Quem pretende ter filhos, pode activar esta zona com fotos de crianças, por exemplo, de preferência, numa moldura de metal. Não devemos usar aqui água, pois o metal do sector vai desgastar-se para a alimentar. Os elementos a utilizar mais serão o metal e a terra.
O Sudoeste (elemento terra) é o sector dos relacionamentos (entre casais mas também num sentido mais lato). Se queremos activar uma relação a dois, o ideal é termos a Sudoeste objectos colocados em pares, pois simbolizam o casal. O tom dominante desta zona é o rosa e o vermelho será uma boa cor para activar a componente da paixão numa relação.
Também as peónias ou representações desta flor e os cristais de quartzo rosa são bons activadores do sector dos relacionamentos.
Objectos e tons associados ao elemento fogo também potenciam o Sudoeste, pois o fogo cria a terra. Por outro lado, é de evitar a presença de muita madeira, uma vez que esta esgota a terra, e em vez de activarmos os relacionamentos, estaríamos a enfraquecê-los.
O Sul é o sector do sucesso e está ligado ao reconhecimento pessoal e profissional, e à fama.
Esta zona deve estar muito activada e com uma iluminação forte. Devemos utilizar aqui as cores vermelhas (enquanto simbolismo do elemento fogo), mas também o elemento madeira, gerando assim o ciclo produtivo, com a madeira a alimentar o fogo. Velas, formas triangulares, tons quentes, são exemplos de activadores do sul. Desde que não seja no quarto, uma planta também ajuda a activar o sector (de preferência com flores vermelhas e folhas pontiagudas).
O Sudeste é a divisão da casa associada à parte material e a sua cor é o roxo. Como pertence ao elemento madeira e esta é alimentada pela água, um aquário será útil para activar a prosperidade de quem habita na casa.
Além disso, a água é considerada um símbolo de riqueza.
Utilizam-se muito as moedas chinesas nesta zona, para gerar maior abundância (as moedas devem ser três ou múltiplos de três, e devem ser expostas com o lado yang para cima). Em muitas lojas com artigos de Feng-Shui podem adquirir-se estas moedas, que trazem em volta uma fita vermelha, por ser uma cor potencialmente activadora.
A Sudeste devemos ter objectos que se movimentem, por exemplo um móbil ou um espanta espíritos, preferencialmente de madeira, por ser o elemento deste sector.
O Este corresponde ao sector da família e da saúde, está associado ao elemento madeira e o seu tom é o verde.
Nesta área, devem ser utilizados materiais naturais (por exemplo tecidos de algodão ou lã e móveis de madeira).
É um óptimo local para ter plantas, sendo o bambu uma boa opção, por simbolizar a longevidade.O Nordeste é uma zona terra, está associado à espiritualidade e ao auto-conhecimento e é um bom sítio para a prática da meditação e para o estudo. O azul é a melhor cor para este sector, mas também o verde e o preto podem ser utilizados. Convém que o Nordeste tenha uma iluminação mais suave. Os objectos pertencentes ao elemento terra são os mais indicados, por exemplo uma vela ou um candeeiro de pedra de sal ajudam a potenciar esta zona, pois a pedra pertence ao elemento terra, e a luz emanada é muito suave.
Devemos ter atenção com as activações no quarto, pois como este tem uma vibração yin e a sua finalidade é nele dormir e recuperar energias, só devemos activar no quarto os relacionamentos e a espiritualidade.
Em espaços yang (por exemplo na sala), podemos activar todos os sectores, já em espaços yin não convém (como é o exemplo do quarto).
Na cozinha e na casa de banho não devemos fazer activações, pois como se trata de zonas de escoamento, se as activamos, simbolicamente, estamos a fazer escoar todos os nossos esforços.
Quando activamos uma área, estamos a mexer com todas as outras energias aí presentes, por isso convém não exagerar.
Apenas devemos activar um sector se nos sentimos disponíveis e preparados para a mudança que daí possa advir.

Cristina Almeida

Automóveis

Peugeot 407 SW 2.2 HDi Navteq
No rumo certo

Dotada de um motor muito interessante, de um nível de conforto que convida a longas viagens e de um equipamento e habitabilidade convincente, a Peugeot 407 SW 2.2 HDi Navteq revela-se uma boa opção familiar.
A Peugeot 407 SW 2.2 HDi Navteq alia à bela estética, conforto, habitabilidade e bom nível de equipamento, um motor muito interessante.
O casamento perfeito entre o chassis, a suspensão e a unidade motriz — 170 CV às 4000 rpm e um binário máximo de 370 N.m às 1750 rpm —, conferem a esta carrinha a alma de uma boa estradista. Para além disso, os condutores de índole mais desportiva desfrutarão de bons momentos de condução nas estradas mais sinuosas. Claro que, nesse caso os consumos elevarão a sua fasquia, acima dos equilibrados valores de uma condução mais “familiar”.
Em cidade a suspensão revela-se igualmente à altura das agressões dos pisos, permitindo aos ocupantes viagens relaxadas e sem demasiados sobressaltos.
Esta Peugeot 407 SW 2.2 HDi Navteq é senhora de um equipamento de série muito completo. Refiram-se os bancos de regulação eléctrica, os retrovisores e os vidros eléctricos sequenciais, anti-entalamento e rebativeis, o ar condicionado automático bi-zona, os comandos de áudio e cruise control integrados na coluna de direcção e as cortinas pára-sol nos três vidros traseiros. Podemos ainda salientar os faróis de acendimento automático, o sensor de chuva, a ajuda ao parqueamento, entre outros.
No entanto, um dos grandes trunfos desta proposta é o sistema de navegação a cores, muito funcional e intuitivo, que nos possibilita deambular pelo Portugal desconhecido sem nos perdermos. Este disponibiliza ainda a função rádio-telefone com sistema “mãos livres”.
Em termos de segurança activa, podemos contar com um eficaz sistema de travagem, ao passo que a passiva é assegurada pelo ABS + EBD, duplo airbag dianteiro, airbags laterais e de cortina, bem como o airbag da coluna de direcção.
Em súmula, uma proposta bem equipada e com a qual nunca se perde o Norte.

Ficha Técnica

Cilindrada (cc) 2179
Potência máx. (CV/rpm) 170/4000
Binário máx. (N.m/rpm) 370/1500
Emissões CO2 (g/km) 165
Velocidade máx. (km/h) 221
Aceleração 0/100 km/h (seg.) 9,0
Consumo misto (l/100 km) 6,2
Preço versão (€) 42.535

T.G.

Automóveis

Ford Focus S 1.6 TDCi
Familiarmente desportivo

Um look mais desportivo, um leque de equipamento reforçado e uma motorização económica mas de bom fôlego, são alguns dos argumentos da nova versão S da gama Ford Focus.

A família Ford Focus carrega a responsabilidade de ser uma das gamas mais vendidas no mercado nacional. Apesar disso a marca americana deseja elevar a fasquia, ou seja, aumentar o volume de vendas e o posicionamento da gama no nosso mercado.
Com vista a atingir tais objectivos, a Ford reforçou a gama Focus com o lançamento de duas propostas situadas entre a versão de acesso à gama, o nível Trend, e as duas opções de topo, Titanium e ST.
Desta feita vamos debruçar-nos sobre o Ford Focus S 1.6 TDCi, cujos novos atractivos consistem nos pára-choques dianteiro e traseiro, no spoiler traseiro médio e nas jantes de liga leve de 17 polegadas.
Quanto à componente equipamento, os atributos especiais do Focus S compreendem a consola central cromada e o sistema Bluetooth com V2C (Voice to Control) em Português.
Recorde-se que último sistema permite ao condutor operar em sistema de “mãos-livres” a estação de rádio, a escolha da faixa de CD, bem como a utilização do sistema Bluetooth caso o seu telemóvel suporte essa função.
Refira-se, entretanto, que a lista de equipamento de série desta versão é bastante completa.
Sentados no envolvente posto de condução, podemos usufruir de uma boa ergonomia de todos os comandos e instrumentos, bem como da a direcção electro-hidráulica assistida (EHPAS). Tal permite-nos desfrutar em pleno do bom chassis, que nos permite curvar rápido e eficazmente, quando exploramos os atributos do motor 1.6 TDCi. A nossa versão debitava 109 CV às 4000 rpm e o binário máximo de 240 N.m (260 em overboost) às 1750 rpm, sendo que a suspensão (sendo traseira desportiva) se revelou à altura de todas as solicitações. Isso além de proporcionar um bom nível de conforto em todos os pisos.
No que respeita ao equipamento de segurança — note-se que o Focus foi classificado com cinco estrelas no Euro NCAP —, enumerem-se o duplo airbag, os airbags laterais e de cortina, os cintos dianteiros com pré-tensores e dispositivos de retracção.
Uma última palavra, para nos referirmos aos baixos consumos em cidade e à sua fácil utilização urbana, momrmente na hora de estacionar.

Ficha Técnica

Cilindrada (cc) 1560
Potência máx. (CV/rpm) 109/4000
Binário máx. (N.m/rpm) 240/1750
Emissões CO2 (g/km) 127
Velocidade máx. (km/h) 188
Aceleração 0/100 km/h (seg.) 10,9
Consumo misto (l/100 km) 4,8
Preço versão (€) 27.250

Túlio Gonçalves