Josefa de Óbidos
Pelo segundo ano consecutivo, a Escola Secundária Josefa de Óbidos marcou o final do ano lectivo com um Arraial onde foram distribuídos prémios aos alunos mais dedicados e sorrisos dos pais mais “inchados”.
Enquanto dois coelhos - mascotes do Estabelecimento de Ensino que andam soltos “e nunca fugiram daqui” - vagueavam pelo átrio, a equipa técnica preparava a recepção aos alunos. Segundo Arlindo Abreu, membro da organização, este Arraial teve como principal objectivo “incentivar o convívio entre os alunos e fazer a entrega dos prémios 2006/07”.
Mas desenganem-se os meros estudiosos, pois segundo Arlindo Abreu, ser bom aluno não se mede aos vintes, estando o critério para seleccionar os vencedores relacionado com “o comportamento, as notas e a camaradagem”. “Há vários parâmetros que são complicados e nem todos lá conseguem chegar”, explicou o elemento da organização.
Ainda o relógio não atingira a hora certa, já alguns estudantes tinham efectuado o pagamento simbólico de um euro e se começavam a acomodar nas mesas dispostas para o efeito.
Entre caldo verde, sardinhas, febras e bebidas – alcoólicas só para maiores de 18 – a festa foi-se compondo acabando por atingir uma média de duzentos presentes, um número bastante distante do ano de 2005/06, que esteve na ordem dos 500.
“Esta é uma festa simbólica em que as pessoas têm a possibilidade de comer uma sardinha assada, participar numa festinha, ouvir uma música…”, declarou Arlindo Abreu.
Já a lua brilhava quando a música cessou para dar lugar ao tão aguardado momento da entrega dos prémios, altura de regozijo para 30 premiados. Sem ouros ou medalhas e porque a verba não o permitiria, os melhores alunos foram congratulados com cd’s e diplomas.
Para além da adesão dos jovens, também os encarregados de educação participaram no manifesto, talvez porque “gostam de ver os filhos receber os prémios e tirar umas fotografias”. Segundo Arlindo Abreu, este ano a afluência ficou algo comprometida pela data e facto de haver algumas pessoas que já foram de férias...
Mas porque as presenças mais importantes são as que estão, a festa prosseguiu noite dentro, encerrando por volta do soar das doze badaladas.
À questão colocada pelo Jornal do Bairro, “ser bom aluno compensa?”, Arlindo foi explícito e sucinto, “ser bom aluno e não só, porque há bons alunos que não vão receber prémio”!
A Escola foi inaugurada em 1952, ano em que também nasceu a Igreja de Santo Condestável. Aquando a sua criação, a Escola Industrial Josefa de Óbidos ministrava a raparigas o ensino correspondente ao Preparatório, sendo que algumas das disciplinas eram trabalhos manuais - modistas e bordados, ginástica, desenho, ciências geográfico-naturais e canto coral. Depois do Preparatório, as alunas podiam optar pelo Curso de Formação Feminina que tinha 3 anos de duração e onde se podia aprender as disciplinas de Higiene e Segurança no Trabalho, Economia Doméstica, Tecelagem, Físico-Química, Português, Francês, Inglês ou Matemática.
Mónica Almeida
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