29.3.07

Rua de Campolide insegura

COMERCIANTES QUEREM TRAVAR ACIDENTES!

A Rua de Campolide merece intervenções rápidas! Quem o diz são os comerciantes locais e o próprio vogal da Habitação e Equipamentos avançou que o troço está coberto de buracos e que ainda existem passadeiras por pintar.

Em frente ao Bairro do Tarujo existe uma passadeira para peões que, por se situar numa área onde o tráfego circula com relativa velocidade e que por estar próxima de uma curva tem provocado diversos acidentes. O alerta foi dado por Manuel Canela, proprietário de um restaurante localizado a poucos metros da zebra da discórdia.

Desde que existe, há cerca de 12 anos, a passagem criada para segurança dos cidadãos mantém as habituais partidas, “continuam a existir acidentes, entre eles atropelamentos e há cerca de 4 anos já houve uma morte”, explicou o comerciante, que no passado mês de Fevereiro assistiu a mais um embate em que o peão “ficou muito maltratado, foi internado e ainda está em recuperação”.

Manuel Canela quase já não conta pelos dedos os contactos que estabeleceu com o anterior executivo da Junta de Freguesia de Campolide para resolver esta questão e lamenta que até à data nada tenha sido feito para a evitar.

“Para além de não estar bem sinalizada, está fixada num sítio onde os automobilistas não a vêm… a sinalização está em cima da passadeira quando devia ter uma lomba e um sinal intermitente” avançou, acrescentando que a responsabilidade pelas colisões não será dos automobilistas mas da falta de indicadores. “Ainda este sábado houve um acidente em que o carro ficou todo desfeito” justificou, adiantando que o sentido Setes-Rios – Campolide será o mais problemático.

Carlos Carvalho, vogal da Habitação e dos Equipamentos da Freguesia de Campolide, afirmou desconhecer “completamente” esta questão, tanto na forma escrita como verbal, avançando que todas as contestações populares “são enviadas de imediato à Câmara Municipal de Lisboa”. Depois de confrontado pelo Jornal do Bairro, o vogal esteve no local e declarou que a passadeira “está num sítio visível” e não lhe encontra alternativas, pois se a distanciasse poderia afectar os condutores oriundos da Praça de Espanha.

Para além disso, Carlos Carvalho assume a competência para “a substituição da sinalização”, mas nunca a possibilidade de avançar com novos sinais, que “só podem ser colocados com o aval da Câmara”, explicou.

O vogal declarou ainda ter vistoriado toda a Freguesia com o intuito de assinalar este género de falhas, “temos reclamado constantemente que a Rua de Campolide está cheia de buracos mas não temos capacidade técnica para pôr alcatrão e a Câmara nem sempre responde aos nossos pedidos” avançou, recordando um caso existente na mesma Rua, em direcção ao Bairro da Liberdade, em que os moradores exigem uma nova passadeira.

Ana Paula, do gabinete de Segurança Rodoviária e Tráfego da Câmara Municipal de Lisboa adiantou que este pedido não consta no grupo de solicitações da Freguesia de Campolide, “a única coisa que tenho é de 2006” e refere-se à pintura de passadeiras, que segundo o vogal já começou a ser feita “mas não ao ritmo pretendido”. Quanto às lombas redutoras de velocidade, Ana Paula explicou que não são legais na zona urbana de Lisboa.

Tendo em conta o número de acidentes consumados no local, Carlos Carvalho sugere que esta questão lhe seja remetida por escrito, incluindo quaisquer sugestões que lhe permitam apresentar a proposta à engenheira do Município responsável desta área, para que possa verificar a sua viabilidade.

M.A.

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