29.3.07

EDITORIAL

Chega a ser constrangedor circular por Campo de Ourique…

Felizmente não sou invisual, não tenho de andar com carrinhos de bebé, nem utilizo bengala ou outro meio de suporte ao andamento. Apenas e raramente transporto o carrinho das compras!

Não sei como é que as pessoas conseguem circular nos passeios e nas passadeiras de peões sem serem massacradas com tanta falta de civismo por parte dos seus iguais e das entidades oficiais…

Viver em Campo de Ourique torna-se por vezes bastante desagradável e presumo que noutros locais existam (infelizmente) situações idênticas, mas é triste ver, no nosso Bairro, cegos presos, encostados às paredes dos prédios, sem descobrir a passagem pelo meio de dois ou dez carros. Mais triste ainda é observar esses mesmos cegos a pisar a porcaria deixada pelos cães. Será possível que os seus donos, além de os exibirem - muitos coitados não servem para outra coisa, pelo menos pelo tratamento que recebem como já tive a oportunidade de ver - não pensem nisto ?

O Estado devia-se preocupar, por intermédio das Juntas de Freguesia, em aumentar a qualidade de vida dos seus concidadãos, devolver as ruas aos peões, criando zonas só de passagem automóvel sem estacionamento, aumentando a largura dos passeios como se faz noutros países da Europa e não só. E já agora, aumentar a frota do “motocão”, se não for pedir muito...

Sendo o Bairro de Campo de Ourique o centro comercial de Lisboa por excelência - não descurando todos os outros à sua volta - não seria de bom tom que os responsáveis que o gerem se preocupassem em aumentar a qualidade de vida e por conseguinte os casos de doença provocados pela poluição!

Não acredito que não se encontrassem soluções para o estacionamento desse mar de viaturas que todos os dias invade as ruas deste Bairro… É que toda a gente ficava contente!

Augusto da Fonseca

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