Desporto
Acaba sonho do Atlético!
Cerca de 3.500 espectadores presenciaram, nas bancadas do Estádio da Tapadinha, o encontro que definia quem passaria aos quartos de final da Taça de Portugal. Certamente se fosse um Sporting, Belenenses ou Benfica muitos mais estariam. De qualquer maneira, foi uma boa moldura humana que contribuiu para o espectáculo.
O Atlético alinhou algo condicionado, já que Júnior foi “presenteado” com um jogo de castigo e não pôde dar o contributo à sua equipa e Colaço que esteve no banco de suplentes não se encontrava a 100% e nem sequer chegou a entrar em campo.
Apesar das contrariedades, foi o Atlético que quase sempre teve iniciativa de jogo, mas sem desfrutar de ocasiões claras de golo. A equipa da Tapadinha ia-se desgastando ao tentar acercar-se da baliza de Pedro Roma, desgaste esse que pagou caro na fase terminal da partida.
Aos 43 minutos, o caso do jogo. Canto cobrado por Sarmento e Joeano de cabeça introduziu a bola na baliza de Marco. Augusto Duarte, perto do lance anulou de pronto o golo, por alegado empurrão ao guardião Marco dentro da pequena área. Os estudantes contestaram veementemente a decisão do juiz da partida, mas este não voltou atrás. Da etapa inicial nada há mais por revelar, porque de seguida ambas as equipas recolheram para intervalo. Ficou apenas a ideia de que os comandados de António Pereira poderiam mesmo vencer esta Académica e seguir em frente na taça.
“Dentada” de Pitbull decide o jogo!
A etapa complementar trouxe um Atlético mais coeso, mais forte e cada vez mais, com a ilusão de eliminar novamente uma equipa primo divisionária. Manuel Machado, com a alteração que efectuou ao intervalo “entregou” o meio campo aos alcantarenses que dominavam nesta zona do campo. António Pereira vendo tal superioridade, aos 60 minutos, tirou um defesa e colocou em campo David, o “carrasco” no dragão, esperando certamente que este fizesse das suas, mas David esteve em tarde não e nunca incomodou seriamente o sector defensivo dos estudantes. A jogar apenas com três defesas, o Atlético atacou sem receios o reduto defensivo dos academistas, mas sem efeitos práticos. Percebendo o crescimento dos homens da Tapadinha, Manuel Machado fez uma dupla substituição afim de dar uma maior consistência no seu meio campo e atacar a inferioridade defensiva do adversário. Pitbull e Roberto Brum vieram dar maior solidez no miolo e a partir deste momento viu-se mais Académica do que Atlético, talvez fruto do maior desgaste da equipa da casa, que teve sempre a iniciativa de jogo.
António Pereira ainda tentou refrescar o ataque, fazendo entrar Artur Jorge Vicente que já representou 15 clubes em Portugal mas nem a experiência deste foi determinante para colocar o conjunto de Alcântara em vantagem.
Quando todos pensavam num prolongamento e quando já passavam dois minutos da hora, eis que surge um “raivoso” Pitbull, a desferir um potente remate que só parou no fundo das redes dos alcantarenses. De realçar que neste lance Pitbull afastou Edmar com uma cotovelada, passível de falta e de admoestação com cartão vermelho. Mas Augusto Duarte não foi dessa opinião e o golo foi mesmo validado, afastando desta forma o Atlético dos quartos de final da Taça de Portugal.
Não tendo sido um jogo tecnicamente deslumbrante, foi uma partida bastante emotiva e com incerteza no resultado até ao fim, não fosse Pitbull, teria ido com certeza para prolongamento e possivelmente estaríamos a escrever de outra forma este artigo. Infelizmente não o foi e resta saudar todos aqueles que apoiaram do início ao fim a formação alcantarense e o esforço até ao limiar de todos os jogadores que fizeram sonhar esta gente!
ACADÉMICA 79 - ATLÉTICO 71
Foi um jogo equilibrado, onde a Académica chegou ao final do primeiro período com uma vantagem de 15 pontos, vantagem essa conseguida através de 7 triplos convertidos e quase todos eles conseguidos sob uma boa pressão defensiva dos alcantarenses. No final do primeiro período o resultado era de 30-15.
No resto da partida a Académica baixou um pouco o ritmo e foi dando margem de manobra ao adversário que aos poucos ia reduzindo a desvantagem. Mesmo com o abrandamento das hostes academistas, os forasteiros precipitados desperdiçaram lançamentos acessíveis que no final poderiam ter feito diferença no marcador final. Os homens que viajaram de Alcântara chegaram a estar a apenas seis pontos do adversário mas mais uma vez precipitadamente desperdiçaram alguns lançamentos dando origem a contra ataques “matadores” aos de Coimbra. O resultado final fixou-se num 79-71.
L.P.
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