8.6.07

Há fado no eléctrico
“CHEIRA BEM, CHEIRA A LISBOA!”

Num ano em que as Marchas Populares celebram 75 primaveras, a Câmara Municipal vai apostar em grande nas Festas de Lisboa, que para além de contarem com os tradicionais cortejos vão voltar a trazer o fado ao eléctrico 28!

O “Fado no Eléctrico” teve início a 7 de Junho e vai-se estender até ao primeiro dia do próximo mês. A iniciativa decorre às quintas-feiras e domingos, e segue o trajecto habitual da carreira 28, que percorre um número assinalável de bairros típicos lisboetas tradicionalmente associados ao Fado e porque se trata de um roteiro particularmente frequentado por turistas.
Segundo a organização, a escolha foi feita com o intuito de divulgar o fado amador, “convidando os artistas a interpretar o fado mais tradicional e castiço junto das gentes que deambulam pela cidade e que nela moram”.
Vindo do Martim Moniz, o fado vai passar pelas freguesias dos Prazeres, Estrela e Santo Condestável, indo desaguar em Campo de Ourique.

Alcântara em busca do 1º lugar

As Marchas Populares alfacinhas tiveram início em 1932 por iniciativa de Leitão de Barros que assim decidiu apadrinhar uma série de eventos tradicionais dos bairros antigos de Lisboa.
Com o objectivo de o internacionalizar, o Desfile na Avenida da Liberdade vai contar com a presença das 22 colectividades bairristas, um agrupamento de Castéllon de la Plana - Espanha, e outro de Salvador da Bahia - Brasil, tendo Daniela Mercury como madrinha.
Em representação do Bairro
, seguem as Marchas de Alcântara, dinamizada pela Sociedade Filarmónica Alunos Esperança e de Campolide, accionada pelo Sport Lisboa e Campolide.
Francisco José, coordenador do grupo de Alcântara, declarou ao Jornal do Bairro que “o mais importante é participar, mas temos a expectativa do primeiro lugar, porque o merecemos”. Os Alunos de Esperança seguem para a Avenida da Liberdade confiantes na conquista de um título que já, por várias vezes, esteve próximo. Recorde-se que a Freguesia já arrecadou, por diversas vezes, o 2º lugar, sendo que o último foi em ’94. Seguindo a lógica, melhores dias se avizinham, afinal “em 2005 ficámos em quarto, em 2006 em terceiro” e com o esforço e a dedicação prestados, o próximo passo é para a ribalta. Conforme publicado em edições anteriores do JB, o tema que o grupo de 90 elementos - 48 deles marchantes - vai representar nesta edição é “Pátios e Vilas, o outro lado da Fábrica”.
Quanto à Marcha de Campo de Ourique, cuja presença chegou a ser confirmada, acabou por não se envolver nas festividades por questões financeiras, avançou fonte da Sociedade Filarmónica Alunos de Apolo.

Arraiais “ensardinham” o Bairro

E porque viver as Festas de Lisboa é beber uma boa pinga a acompanhar a sardinha assada, cujo aroma reveste o ar de cada esquina e em cada Bairro, também os Arraiais Populares são uma tradição que não poderia deixar de ser cumprida.
Porque constituem “
um eixo essencial” e contribuem “para a animação de toda a Cidade, para reforçar laços entre as diferentes comunidades e para reafirmar uma vivência cultural contrastante com a regular dinâmica urbana de uma Capital”, segundo os organizadores, será justo mencionar as iniciativas promovidas cá no sítio!
Este ano, 27 dos Arraiais são apoiados pelo Município e pela EGEAC, entre os restantes, no Sport Clube das Amoreiras, na Rua da Academia Recreativa de Santo Amaro, no Sport Lisboa e Campolide, no Santana Futebol Clube, nas traseiras do edifício dos Inválidos do Comércio e ainda na sede do Grupo Dramático Escolar, Os Combatentes.
Com tanta Festa é caso para dizer (ou cantar) que “na tasca da viela mais escondida, cheira a iscas - com elas - e a vinho… Cheira bem, cheira a Lisboa”!

M.A.

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