Automóveis
Ao fim de mais de quatro décadas de existência, o Toyota Corolla abandonou a carroçaria hatchback em três e cinco portas, tendo passado a pasta ao novo Auris, no mês passado. A versão 1.4 VVTi Sol que conduzimos convenceu-nos e podemos dizer que estamos perante um digno sucessor.
Num mercado cada vez mais concorrido, onde o esmagar das margens de lucro é cada vez mais usual, o novo Toyota Auris 1.4 VVTI Sol, de cinco portas, apresenta-se com um preço aliciante: 23.320 euros. A justificação de tal afirmação reside no facto das diferentes componentes do produto (a unidade motriz e o nível de equipamento, por exemplo), se revelarem à altura do montante por ele pedido.
A habitabilidade é generosa, mesmo com cinco adultos a bordo e quando comparada com os restantes contendores do segmento C e o design interior moderno e arrojado é uma das mais-valias deste estreante Auris. O painel de instrumentos, a consola central e os funcionais comandos dos diferentes equipamentos, são alguns dos pontos altos e cativantes que contribuem para a Aura vanguardista deste Toyota.
O conforto de rolamento é assegurado por uma suspensão bem calibrada, embora em cidade e a exemplo de tantas outras propostas do mercado, não consiga diluir algumas das agressões do piso.
Aqui impõe-se um parêntesis. O conforto em cidade tem sido referido em todos os ensaios do Jornal do Bairro, mas não deve ser encarado como um factor primordial de avaliação para a qualidade de um automóvel. O maior ou menor conforto nos pisos lisboetas depende, hoje em dia, do estado de conservação dos pisos. Portanto, não existem milagres e mesmo alguns carros topo de gama não escapam a uma note menos boa, a qual apenas é da responsabilidade da CML.
O comportamento do novo Auris é de bom nível, já que a boa resposta do motor de 97 CV, aliada ao bom casamento entre chassis e suspensão, permitem bons ritmos nos trajectos mais retorcidos. Isso além de viagens confortáveis e lestas em auto-estrada.
Fácil de estacionar, o nosso Auris dispunha do nível de equipamento Sol, pelo que poucos são os itens em falta. Sente-se a ausência do cruise (muito útil nos dias de hoje), ou dos estofos em pele como opção, por exemplo.
Ficha Técnica
Cilindrada (cc) 1398
Potência máx. (CV/rpm) 97/6000
Binário máx. (N.m/rpm) 130/4400
Emissões CO2 (g/km) 163
Velocidade máx. (km/h) 170
Aceleração 0/100 km/h (seg.) 13,0
Consumo misto (l/100 km) 6,9
Preço versão (€) 23.230
Túlio Gonçalves
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