Comércio Justo e Solidário
Entre aromas vindos dos 4 cantos do mundo, danças a puxar para o exótico, histórias, sabores e saberes, o Fórum chegou e vingou, dando a conhecer às cerca de três mil pessoas presentes o seu principal objectivo, “saber que o produto que temos nas mãos nos chegou em condições humanas e salário justo”.
Segundo Dénia Claudino, da organização, esta feira “foi o culminar de um projecto de educação intitulado Consumo responsável em Portugal, escolha ética para um futuro sustentável”.
Apesar dos portugueses pouco virem a apostar nestes produtos solidários, a verdade é que os mesmos não são do conhecimento geral da população e se o fossem poderiam ser muitas vezes a melhor opção, afinal “os produtos têm a informação sobre o produtor”, acrescido à garantia de que “foi produzido de forma responsável”, tendo em conta que “os trabalhadores não foram explorados”, situação que contrasta com inúmeros artigos comercializados nas grandes superfícies e que foram resultado de exploração infantil ou cativa. O processo é simples, “os pequenos produtores associam-se em cooperativas ou associações do género” e conseguem assim divulgar e comercializar os seus artigos.
Para além destes factores Dénia Claudino referiu-se ainda às preocupações ambientais que foram tidas em conta, mas sem esquecer “as condições humanas e o salário justo pago aos trabalhadores”.
No certame estiveram presentes dois produtores brasileiros, uma importadora italiana e outra espanhola e ali foram comercializados produtos alimentares,
Artesanato, diversas plantas para chá e uma das associações brasileiras trouxe ainda diversos materiais didácticos, como jogos feitos em madeira.
Encerrado o Fórum e feitas as contas, o evento “foi de encontro às nossas expectativas, as pessoas aderiram” e a tenda que fora montada com o intuito de esclarecer os visitantes foi alvo de diversos curiosos e interessados.
A iniciativa foi coordenada pela Cores do Globo, em parceria com o CIDAC e a Reviravolta, três ONGD - Organizações Não Governamentais de Desenvolvimento, que trabalham a temática do Comércio Justo – CJ, e foi também um encontro de celebração do Dia Mundial do CJ, que se assinala todos os anos no segundo sábado de Maio, como forma de evidenciar alternativas para um futuro sustentável. Quanto a um regresso, “talvez no próximo ano”, avançou Dénia Claudino ao Jornal do Bairro.
M.A.
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