Alunos de Apolo
CINCO DIAS DE CARNAVAL
Em dias de Entrudo, o salão da Sociedade Filarmónica dos Alunos de Apolo é paragem obrigatória para a malta de Campo de Ourique que esteja decidida a dar um pezinho de dança ou apenas a conversar com velhos amigos.
Foi na terça-feira de Carnaval que o Jornal do Bairro se deslocou até à sede da Sociedade para ouvir os acordes da “Fórmula 5” e espreitar os passos certos e afinados de dançarinos calejados pelo hábito e pelo gosto de prestar contas à vida a rodopiar no bailarico.
Os 3,50 euros pedidos à entrada não foram contestados pelos utentes, talvez por considerarem o preço justo ou por saberem simplesmente que a verba conseguida reverte a favor dos carenciados.
Sendo grande parte do público bairrista há largos anos, já conhece o destino do valor pago pelo ingresso, em especial, nas matinés. “De segunda a sexta-feira organizamos bailes para reformados e que têm uma vertente recreativa e social”, explicou José Carlos, professor e membro da direcção da Sociedade ao JB, “o valor conseguido é utilizado nas cerca de 80, 90 refeições que oferecemos às pessoas mais necessitadas das freguesias vizinhas até à Lapa”.
À semelhança do que tem vindo a acontecer todos os anos, as noites de sábado e de segunda-feira foram as mais movimentadas, sendo que as cerca de 75 mesas – de quatro lugares - existentes no local foram todas reservadas.
Ralf e Olga Moeller
Campeões ensinam danças latinas
Uma festa destinada a jovens dos 18 aos muitos mais anos e que só não contou com os craques da própria escola por estarem já destinados a actuar noutros locais, “eles têm espectáculos todos os fins-de-semana” e nesta época a procura é ainda maior do que o habitual.
José Carlos faz um balanço bastante positivo do Carnaval da Apolo, “foi ainda melhor do que no ano passado… no sábado e na segunda-feira fizemos um baile com três pistas e divulgámos a dança a nível internacional. Conseguimos trazer campeões de dança desportiva aos portugueses” afirmou, referindo-se às exaustivas aulas que decorreram das 16h às 23 horas e que foram dadas pelos conceituados professores de danças latinas, Ralf e Olga Moeller.
Alunos de Apolo
Distinguidos pelo Rei
A criação da Colectividade partiu da iniciativa de um grupo de cabos de polícia da freguesia de Santa Isabel que em conjunto com alguns civis da zona fundaram a Sociedade Filarmónica Alunos de Apolo. A banda ganhou tal reputação, que quando o Rei Dom Carlos a ouviu, em 1907, a premiou com uma batuta em prata.
Para além de esta ser uma Colectividade resistente a um final quase destinado, como aconteceu a muitas outras sociedades do género, continua a cumprir a sua missão de formar e entreter jovens, adultos e idosos e conta ainda com professores altamente credenciados a nível internacional.
M.A.
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